1. Introdução
“Um dia faz declaração a outro dia, uma noite revela conhecimento a outra noite”. Sl 19.2 (SBB)
“Todavia andemos de acordo com o que já alcançamos.” Fp 3.16 (SBB1)
Este ensino faz parte de todo conselho do Eterno para seu povo. Não podemos deixar de ensinar a verdade porque alguns se tem utilizado dela para lucrar. Coloquemos fora o complexo de
mercenário.
mercenário.
Como até hoje acreditávamos que este sustento era obtido através dos dízimos, julgamos necessário fazer
um breve relato histórico do assunto nas Escrituras.
2. O Dízimo no Velho Testamento
A. Antes da Lei (Gn 14.18-20; 28.22 Hb 7.4-10)
Neste tempo não havia casa do tesouro, portanto, o dízimo não era para sustento de ninguém.
Melquizedeque, rei de Salém, não precisava ser mantido, ainda assim Abraão lhe pagou o dízimo (exigência do Eterno?). Jacó, seu neto, o imitou dizendo: “...de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo”. Isto soa com uma conotação
de reconhecimento da soberania e autoridade do Eterno. Uma manifestação
de dependência e fé: “… para que aprendas a temer o Eterno
todos os dias.” (Dt 14.23).
de reconhecimento da soberania e autoridade do Eterno. Uma manifestação
de dependência e fé: “… para que aprendas a temer o Eterno
todos os dias.” (Dt 14.23).
Obs.: Todas as citações bíblica do Novo Testamento estão segundo a versão NVI. As exceções serão notadas.
Os dízimos eram santos ao Senhor e foi Ele quem determinou o seu uso, dando-os aos levitas. Ele era a herança das levitas e não deixou isso como poesia: concretizou essa herança,
materializando-a nos dízimos (Nm 18.20 x24).
materializando-a nos dízimos (Nm 18.20 x24).
C. O Uso Discriminado (Dt 14.22-29)
a) Não obter lucro com os dízimos. Quando não era possível entregá-los, que se gastasse até com bebida forte, mas que não se utilizasse o que era do Eterno para lucrar.
b) Cerca de terça parte dos dízimos (uma vez a cada três anos) era utilizado para socorrer o órfão, a viúva, o estrangeiro e o levita local.
Neste texto, primeiramente o Eterno repreende e amaldiçoa os sacerdotes infiéis. Ainda assim exige que o povo traga todos os dízimos e ofertas à casa do tesouro, acusando de
ladrões e amaldiçoando os que não o fazem.
ladrões e amaldiçoando os que não o fazem.
Os dízimos eram do Criador e foi Ele quem os deu aos levitas. O Eterno nunca permitiu que o povo administrasse os dízimos, julgando se deviam ou não entregá-los, mesmo
quando os sacerdotes eram infiéis. Isto era um problema do Eterno. Ele
tratava com o sacerdote infiel no seu ofício (Nm 18.23) e também com a
nação infiel na entrega.
quando os sacerdotes eram infiéis. Isto era um problema do Eterno. Ele
tratava com o sacerdote infiel no seu ofício (Nm 18.23) e também com a
nação infiel na entrega.
3. No Novo Testamento
A. O Messias
a) Nunca foi acusado de não entregar o dízimo
b) Nunca ensinou contra
c) Nunca ensinou a favor
A passagem de Mt. 23.23 tem sido utilizado para respaldar o dízimo no N.T. Este texto não constitui um ensino sobre o assunto e sim uma repreensão aos fariseus por serem
extremamente exigentes e legalistas na entrega dos dízimos e tão
negligentes no cumprimento dos princípios mais importantes da Lei:
justiça, fé e misericórdia.
extremamente exigentes e legalistas na entrega dos dízimos e tão
negligentes no cumprimento dos princípios mais importantes da Lei:
justiça, fé e misericórdia.
B. Os Apóstolos
Os apóstolos nunca ensinaram sobre os dízimos, mas ensinaram sobre a manutenção daqueles que vivem exclusivamente para a congregação dos santos e sobre o socorro aos necessitados. Como a
assistência aos necessitados é um assunto sobre o qual não há dúvidas ou
questionamentos, nos deteremos apenas no que diz respeito ao sustento
dos que vivem em tempo integral para o serviço da congregação dos santos.
assistência aos necessitados é um assunto sobre o qual não há dúvidas ou
questionamentos, nos deteremos apenas no que diz respeito ao sustento
dos que vivem em tempo integral para o serviço da congregação dos santos.
| REFERÊNCIA | TEXTO | COMENTÁRIO |
|---|---|---|
| 1Co 9.1-15 | Texto básico. | |
| Vs. 1-2, 10, 11, 13 | “…vocês são o selo do meu apostolado…” “…os que trabalham no templo alimentam-se das coisas do templo…” “Se entre vocês semeamos coisas espirituais, seria demais colhermos de vocês coisas materiais?” | Princípio espiritual inquestionável: troca de benefícios. |
| Vs. 3-10 | “Não temos nós o direito de comer e beber?” “… quem planta uma vinha e não come do seu fruto?” | Princípio natural: quem planta colhe. |
| Vs. 12 e 15 | “Se outros têm o direito de serem sustentados por vocês, não o temos nós ainda mais?” | Direito. |
| Vs. 14 | “Da mesma forma o Altíssimo ordenou àqueles que pregam o evangelho que vivam do evangelho.” | Uma ordem do messias. |
| Gl 6.6 Rm 15.27 | “O que está sendo instruído na palavra partilhe todas as coisas boas com quem o instrui.” | Honra, gratidão, reconhecimento e dever. |
| 1Ts 2.7 2Ts 3.9 | “Embora pudéssemos como enviados do Messias, exigir de vós a nossa manutenção…” (SBB). | Exigência e direito. |
| 1Tm 5.17-18; Mt 10.10; Lc 10.7 | “… o trabalhador merece o seu salário.” | Salário, pagamento. |
Estes textos não apenas deixam claro a prática apostólica como também os princípios que a regiam.
Alguns desavisados têm argumentado que Paulo não se utilizava deste expediente, ao contrário, trabalhava “com as próprias mãos”. Averigüemos a verdade bíblica:
a) Paulo não exigiu sua manutenção das igrejas de Corinto e Tessalônica por razões bem claras:
- Corinto – Paulo queria estabelecer uma distinção muito clara entre ele, verdadeiro apóstolo (1Co 3.6-10; 4.14-16; 9.1-2; 2Co 3.1-3; 11.1-3), pregando o
evangelho gratuitamente (2Co 11.7) e alguns ditos apóstolos que eram
mantidos pelos coríntios e a quem Paulo chama de “obreiros fraudulentos”
(2Co 11.10-15). Esta intenção fica clara em 2Co 11.12 “… cortar
ocasião…”, ainda que para isso tivesse de passar privações (2Co 11.7-9). - Tessalônica – que fossem laboriosos, trabalhadores e não ficassem ociosos e se intrometendo na vida alheia, sendo pesados a outros (2Ts 3.6-12). Paulo era o único que
poderia ficar sem trabalhar e exigir o seu sustento e, contudo, não o
fez.
- Corinto – 2 Co 11.7-9.
- Tessalônica – Fp 4.15-16.
- As igrejas de Corinto e Tessalônica estavam sendo beneficiadas pelo ministério de Paulo. Contudo, para vergonha deles e por causa de deficiências na vida destas igrejas, ele era mantido por outras cidades.
c) Algumas vezes Paulo teve que providenciar seu próprio sustento porque estava envolvido em trabalhos pioneiros, na formação de novas igrejas – estava lavrando com esperança
(1Co 9.10). Isto aconteceu, por exemplo, no início da igreja em Éfeso
(At 20.33-35). Em Jerusalém não havia este problema: a vinha já dava
fruto e o rebanho já produzia leite e lã (1Co 9.4-11).
(1Co 9.10). Isto aconteceu, por exemplo, no início da igreja em Éfeso
(At 20.33-35). Em Jerusalém não havia este problema: a vinha já dava
fruto e o rebanho já produzia leite e lã (1Co 9.4-11).
d) Paulo não vivia de “fazer tendas”. Isto era algo esporádico, quando a situação exigia.
e) Em 1Co 9.4-6, fica claro que todos os apóstolos e até alguns que não eram apóstolos, como os irmãos do messias, eram mantidos pela igreja (união dos santos)
f) Paulo não tinha esposa e filhos, respondia apenas por si, podendo aceitar as dificuldades que surgissem, sozinho.
g) Em Fp 4.17-19, Paulo expõe um princípio bíblico de que o Pai abençoa ao que é generoso (aqui ele não está falando de auxilio aos pobres, mas do sustento aos que servem bens
espirituais). E coloca isso em termos comerciais – uma troca: quem o
supriu seria abençoado pelo Pai – e como uma verdadeira oferta ao Pai e
não aos homens (observações na NVI e da Bíblia Vida Nova). Seria Paulo
um mercenário ou um que busca seus próprios interesses? Leia: 2Co 1.12;
4.2-5;6.4-10; 12.14-18; 1Ts 2.1-6; 1Tm 6.3-10.
espirituais). E coloca isso em termos comerciais – uma troca: quem o
supriu seria abençoado pelo Pai – e como uma verdadeira oferta ao Pai e
não aos homens (observações na NVI e da Bíblia Vida Nova). Seria Paulo
um mercenário ou um que busca seus próprios interesses? Leia: 2Co 1.12;
4.2-5;6.4-10; 12.14-18; 1Ts 2.1-6; 1Tm 6.3-10.
4. Outras Considerações
Tanto bíblica como historicamente não há qualquer referência a um percentual ou valor preestabelecido que fosse exigido das igrejas. O que transparece é um princípio de honra,
reconhecimento e troca de benefícios, onde cada um dá conforme proponha
no seu coração. Não é um improviso na hora de dar, como se fosse uma
esmola, mas um valor prédeterminado, pensado e meditado diante do Eterno,
em oração.
reconhecimento e troca de benefícios, onde cada um dá conforme proponha
no seu coração. Não é um improviso na hora de dar, como se fosse uma
esmola, mas um valor prédeterminado, pensado e meditado diante do Eterno,
em oração.
Para evitar o improviso e o descontrole, este valor deve ser estipulado em termos percentuais sobre a renda de cada um.
Quem entende que é beneficiado dará com liberalidade.
Quem está aqui “passando o tempo” e acha que aqueles que vivem integralmente para o serviço da igreja, nada mais fazem que o seu dever, serão medíocres na sua
contribuição.
contribuição.
Sendo o Messias nosso único ponto de referência e a palavra apostólica a nossa única fonte de informação, não há porque ainda utilizarmos os dízimos. Contudo, resta uma pergunta:
se o dízimo era algo tão importante e até sagrado no V.T., desde antes
da lei, porque o mestre e os apóstolos não ensinaram nada a respeito?
se o dízimo era algo tão importante e até sagrado no V.T., desde antes
da lei, porque o mestre e os apóstolos não ensinaram nada a respeito?
No N.T. O Eterno já não precisa estabelecer um percentual para a contribuição de seu povo porque estamos debaixo de um outro princípio espiritual. Considere o quadro abaixo:
| Velha Aliança | Nova Aliança |
|---|---|
| O Eterno precisou fazer uma marca na carne do homem para mostrar a sua aliança com ele (Gn 17.10). | O Eterno nos marca no coração, em nosso espírito (Rm 8.8-9; Ef 2.11-15; Fp 3.3; Cl 2.11). |
| O Eterno deu a Lei escrita em tábuas de pedra. (Ex 31.18). | O Eterno grava a sua Lei em nossos corações (Hb 10.16). |
| O Eterno estabelece um percentual da renda de todo homem para Lhe ser devolvido, a fim de lembrar ao homem que tudo quanto ele tem procede d’Ele (Gn 28.22; Dt 14.23). | O Eterno nos deixa livres porque já não precisa de nenhum artifício exterior para nos lembrar que somos seus filhos. Ele nos deu do seu próprio Espírito Santo e, nessa posição, não apenas nossos bens são d’Ele mas nós mesmos Lhe pertencemos, porque não apenas nos comprou como também nos deu vida. Nos gerou pelo Espírito Santo (Rm 8.12-17; Tg 1.18; 1Pe 1.23) |
| Aqui fala de uma nação terrena com promessas e esperanças terrenas (At 1.6). | Aqui de uma nação espiritual, celestial, com promessas e esperanças eternas. Fala a herdeiros do Pai e coherdeiros com o mestre o messias(Fp 3.20-21; 1Jo 3.1-2) |
Quão Superior é a Nova Aliança do que a Velha Aliança!
Por isso, prestando atenção ao Sermão do Monte, veremos como o Messias estabelece uma comparação entre o mandamento de Moisés (a Lei) e o seu próprio mandamento (a Graça e a
Verdade)
Verdade)
“Pois a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por intermédio do messsias (Jo 1.17). Fica notória a superioridade da exigência do messias. As exigências da Nova Aliança são tão superiores às da Velha Aliança
quanto são superiores os benefícios e as promessas (Gl 3.19; Hb 7.18-19;
8.13; 11.39-40; 1Pe 1.10-12).
quanto são superiores os benefícios e as promessas (Gl 3.19; Hb 7.18-19;
8.13; 11.39-40; 1Pe 1.10-12).
| Justiça da Lei | O Messias Emanuel | |
|---|---|---|
| Proibia-se o homicídio | Mateus 5.21-23 | Proíbe-se a ira |
| Proibia-se o adultério | Mateus 5.27-28 | Proíbe-se o olhar impuro |
| Exigia o amor ao próximo e permitia-se o ódio ao inimigo. | Mateus 5.43-44 | Exige-se o amor ao inimigo e a oração pelos que perseguem |
| Exigia-se o dízimo (Ml 3.8). | Exige-se a vida e tudo quanto se tem e repartir aos pobres.(Lc 14.25-33). | |
5. Conclusão
Deste modo, O Eterno já não nos exige um percentual (Dízimo) – Ele nos exige a nós mesmo com tudo que somos e temos. Ele não nos dá uma Lei, nos dá uma vida. O
que nos move já não é um mandamento, mas a vida e o sentimento do mestre
que é produzido em nós pelo Espírito Santo.
que nos move já não é um mandamento, mas a vida e o sentimento do mestre
que é produzido em nós pelo Espírito Santo.
Ora, se daqueles que viviam debaixo da lei se exigia 10 por cento, quanto se deve esperar daqueles que receberam a abundância de vida? (Jo 10.10; Rm 5.17; Hb 3.14; 2Pe
1.3-4).
1.3-4).
Se na Velha Aliança o Eterno acusava de ladrão aquele que não entregava os dízimos e as ofertas (e estas não tinham percentual), como Ele tratará os que se omitem na Nova Aliança?
Na história da Igreja muitas vezes o dízimo tem sido questionado por fazer parte da Velha Aliança. E, por isso, algumas denominações e grupos cancelaram a prática do dízimo.
Mas cuidado: muitos abandonaram a Velha Aliança, não para entrar na Nova, mas para justificar o roubo ao que é do Eterno. Deixaram de dar o dízimo mas não
passaram a dar conforme a igreja da nova aliança.
passaram a dar conforme a igreja da nova aliança.
[Outras pessoas também querem justificar a não sustentar a Igreja, porque existe pastores que enriquecem com isso. Mas quero lembrar que para nós
parece injusto, mas isso não quer que seja injusto para o Pai.
Também não concordo com enriquecimento de Pastores, acho que um Pastor rico é totalmente diferente do que o Messias ensinou. Mas imposto de renda é justo? Trabalhar 1/3 do ano para pagar imposto e ter saúde, educação, lazer e segurança precária
é justo? Claro que não! E aí? Vamos todos sonegar agora? Porque aos
nossos olhos é injusto, mas para o messias não! Dê a César o que é de
César!
Se teu pastor ou lider que seja enriquece às custas das ofertas, que é para sustento dos humildes, então meu amado, procure outra cobertura! Mas não use isto como desculpa para não ofertar, repartir
seus bens com os menos favorecidos!]
É estranho que alguém seja contrário ao dízimo, afirmando que isto seja da Velha Aliança e queira dar menos que 10%, quando os irmãos no N.T. (Nova Aliança) davam muito
mais. Se alguém quer se basear na bíblia para não dar o dízimo, porque
não dar muito mais que o dízimo como está na bíblia?
mais. Se alguém quer se basear na bíblia para não dar o dízimo, porque
não dar muito mais que o dízimo como está na bíblia?
Por tudo isso cremos que a igreja deve, em muito, ultrapassar os dízimos em suas contribuições
“Porque vos digo que se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus – RELIGIOSOS – jamais entrareis no reino dos céus” (Mt 5.20).
6. Resumo : O DÍZIMO É PARA HOJE?
1. Na Velha Aliança (Nm 18.20-24, Ml 3.6-12)
- Os levitas não tinham herança.
- O Eterno lhes deu os Seus dízimos.
- Quem não entregava o dízimo e as ofertas O Eterno chamava de ladrão.
2. Na Nova Aliança (1Co 9.1-15; Gl 6.6)
- Nem o mestre nem os apóstolos ensinaram sobre os dízimos.
- Mas, o N.T. fala claramente do sustento de necessitados e de obreiros de tempo integral.
- A Igreja dava em grande abundância, muito mais que na lei.
3. Conclusão
- Não existe referência a valor estipulado, não há mais percentual (10%) o quetemos é repartir os bens e dar aos carentes.
- A Nova Aliança é em tudo superior a Velha Aliança.
- Se daquele que vivia sob a lei se exigia 10 %, o que se espera daquele que é participante do Messias?
4. Então qual é a prática?
- Identifique-se com os primeiros seguidores do messias no passado, com o mover do Eterno na Nova Aliança, enchendo-se de generosidade e dando conforme o Espírito Santo coloca no
seu coração. Busque revelação e desenvolva sua convicção no Messias. - Com seriedade e em ORAÇÃO estabeleça um percentual do seu ganho para as suas contribuições . Isto deve ser feito com amor e não por pressão não com pontualidade mas espontaneamente não aos olhos dos outros mas em oculto não esperendo reconpença mas certo que já foi recompençado,.
- Esteja em acordo com seu cônjuge
- Há uma pessoa esperando sua ajuda.
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